Conheça Luan Piuga, brasileiro que foi TOP 2 na Oceania
O competitivo da América do Sul dá a sensação de que tem mais talento do que vagas por aqui. Se o Brasil fabrica craques aos montes no futebol de campo, a história não é diferente no futebol virtual. Zezinho, Gustavo GN e Paulo Neto são alguns nomes que fizeram sucesso jogando em terras estrangeiras.
Na temporada 23 um nome surgiu do nada. A grande maioria das pessoas do meio nem sabia quem era o tal brasileiro que ia disputar o competitivo pela Oceania. Mas depois de conquistar um TOP 3 e outro TOP 2 nos primeiros qualifiers da temporada, o cartão de visitas foi mostrado.
Cria da Zona Norte de São Paulo, Luan Piuga foi estudar na Austrália depois que sua mãe conseguiu conquistar vida estável pra família por lá. O FIFA apareceu na sua vida aos 10 anos, em 2010, quando ainda morava no Brasil.
“Eu conheci o UT em 2013, e em 2014 fui entendendo mais, já no 2015 eu joguei meus primeiros campeonatos. Em 2016 eu joguei o competitivo que era fora do UT, no Temporadas. Por lá tinham 90 partidas pra jogar no mês. Eu tinha jogado 60 com o Borussia Dortmund e ganhado 59 com 1 empate. Eu fui TOP 16 com 30 partidas restantes.”
Luan conta que parou sua escalada por algum motivo que não lembra, mas que “voltou a descobrir” o competitivo no FIFA 20. Entre idas e vindas, foi no FIFA 23 que se preparou mesmo para disputar competitivamente o jogo, já pela Austrália.
“Tinha um campeonato que joguei e o Draco jogava também. Eu amassei ele e ganhei um ingresso pra BGS daquele ano. Na época eu conheci a galera famosa (Lira, Lize) e enchia o saco deles pra poder jogar no palco, rs.”
A temporada começou mágica, mas nem tudo são flores
A trajetória no FIFA 23 começou só. Jogando por conta própria, Luan diz que investiu cerca de 3,5 mil dólares. “A temporada tava sendo inacreditável. Conquistei os dois primeiros resultados, mas então fui hackeado dias antes do Qualify 3. Me roubaram 12 milhões, venderam até os contratos, rs.”
Nas conversas com Luan ele admitiu estar angustiado pelo roubo, mas que não ia abaixar a cabeça. “Pelo menos sobraram os inegociáveis que dá pra jogar. Não é o ideal, mas dá pra jogar.”
No final das contas Luan terminou no TOP 9, mas com a sensação que poderia chegar mais longe. Além disso, ele não conseguiu o mínimo apoio da EA sobre o ocorrido. Mesmo com várias mensagens e tweets, o brasileiro não conseguiu recuperar a conta.
O resultado não foi ruim, mas Luan pode perder algumas posições da tabela. O ranking Global Series ainda não foi atualizado.
E o nível da Oceania?
Mesmo sem um acompanhamento profissional, Luan consegui grandes resultados na temporada. Mesmo sem um time, ele foi TOP 9 no Qualify 3. Esses números já demonstram o grande talento do brasileiro. Segundo ele, o nível lá é alto, mas o volume de players é diferente.
“Na América Latina tem muito mais gente, mais volume, mas a galera que joga bem aqui joga muito. É como se eu enfrentasse o PHzin toda hora. Toda vez é a mesma pessoa. Futwiz Dylan, MikeJ, Mark11 e Negede são os que cito.”
Antes do Qualify 3 Luan foi procurado por Giovanni Bittencourt, da Hummers Esports. O empresário já cuida de talentos como Cecília e Agardash, e agora está junto de Piuga.
“Nenhum time encontro em contato comigo, mas o Giovenni Bittencourt me procurou e ficou acertado que ele vai cuidar da minha carreira. Ainda não assinei contrato com ninguém. Ele me arrumou coach e psicólogo pra esse Qualify 3.”
As odds contrárias
Luan é um dos casos de jogador desconhecido que contraria todas as odds. Chegou sem ser conhecido e já fez história nesta temporada. Se alguém tivesse apostado num resultado assim, com certeza teria ganhado dinheiro.
Apesar de, claro, ter os favoritos, os esports, principalmente o FIFA são marcados por muitas e muitas surpresas. A curva de aprendizado dos novos jogadores é cada vez mais potente. A cada temporada nos surpreendemos com alguma surpresa acachapante.
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